terça-feira, 12 de julho de 2011

PATRONA DA ACADEMIA



Henriqueta Galeno, patrona geral da AFELCE

      Henriqueta Galeno nasceu em Fortaleza, filha do ilustre criador da poesia de caráter popular brasileiro,  o bardo Juvenal Galeno.
      Fez os seus estudos primários com professora particular, coSantosmo era costume na época, depois estudou no Colégio da Imaculada Conceição e parece uma predestinação, pois a presidente de honra, primeira presidente eleita, a vice presidente,  e duas acadêmicas da AFELCE estudaram também no Colégio da Imaculada Conceição.
      Henriqueta bacharelou-se em Ciências e Letras, depois em Direito pela Universidade do Ceará, sendo a Promotoria da capital lhe oferecida pelo Dr. João Tomé. “O Jornal da Manhã”, dirigido pelo jornalista Luís , que estava presente à reunião, ouviu o oferecimento do Dr. João Tomé, noticiou o fato num furo de reportagem, no dia seguinte. “Exultei de contentamento. Sonhei na tribuna profligando com veemência os crimes, mas este belo sonho, logo ao amanhecer do dia seguinte, foi desfeito por meu pai, que não concebia, naquela época, uma moça exercendo esse cargo” H.G
      Henriqueta foi professora de Literatura e de História. Representou o Ceará no Primeiro congresso Feminista, realizado no Rio de Janeiro, presidido por Berta Lutz. Fundou a Casa de Juvenal Galeno que sempre reuniu pessoas voltadas para a cultura e as letras, e a Ala Feminina da Casa de Juvenal Galeno que até hoje recebe mulheres com o interesse voltado para a difusão das belas letras.
      Exerceu também as funções de Inspetor do Ensino Secundário e trabalhou na Seccional do Ceará. Pertenceu à Academia Cearense de Letras, ocupando a Cadeira 23, justamente a patroneada por seu pai.
      A patrona geral da Academia Feminina de Letras faleceu em Fortaleza, em 10 de setembro de 1964, há 46 anos, portanto.
      O prefaciador do seu livro “Mulheres Admiráveis”,  Cruz Filho, comparou-a com um “clarão” : “Não se pode considerar meteórico esse clarão, dada a persistência do seu fulgor, que se estendeu desde 1919 aos dias correntes, e também em face da rutilante auréola que continua a enaltecer a memória da fundadora da CASA DE JUVENAL GALENO”. C.F. 

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